De volta
a paixão pelo trabalho
Eugen Pfister
Desde a década de 1980, por exemplo, a produtividade agrícola e
industrial tem crescido de 4 a 5% e de 3 a 4% nas principais economias
desenvolvidas e gradativamente se estende aos países em desenvolvimento.
Agora, tanto da ótica subjetiva (impressão) quanto
da estatística (fato), a satisfação com o trabalho continua baixa, segundo
estatísticas recentes aqui citadas recenemente. Na Deloitte
Consulting’s, por exemplo, ela alcança apenas 11% da força de trabalho. Em
levantamentos semelhantes os números não diferem: a esmagadora maioria das
pessoas simplesmente trabalham e é só isso.
De acordo com a Deloitte, a paixão é
definida como a expectativa de poder contribuir significativamente no
desenvolvimento do negócio ou do trabalho, oportunidade efetiva de crescimento
e aperfeiçoamento, relação direta e profunda com os cotrabalhadores baseadas na
confiança mutua, conquista e aceitação de ideias e posições.
A
julgar pelos dados da análise não é o que acontece. As pessoas parecem
mergulhadas na inércia do trabalho repetitivo, aquém do seu potencial ou
simplesmente de baixo significado pessoal ou e social. Sem dúvida há um
contraste entre a forma como descrevemos o nosso mundo em rápida transformação,
desafios sem limites e oportunidades infinitas e a dura realidade do mundo
real.
O principal problema é que cada indivíduo define
desafio, o que excitante e o que é uma oportunidade de forma diferente. Em
tese, tire da mostra os 5 a 10% dos dois extremos da curva de amostra e teremos
uma organização normal: pessoas com talentos especiais para realizar coisas
extraordinárias de maneira impecável, mas colocadas em posições incompatíveis,
onde são forçadas diariamente a lutar com as suas deficiências no lugar de
apoiar-se nos pontos fortes.
As
coisas dificilmente se organizam e constroem em torno do talento humano. O que
se procura no mundo real é uma relação de experiência prévia com o ofício a ser
desempenhado e a vontade de aprender novas coisas, diversificar e evoluir.
Nos esquecemos ou ignoramos que o talento é a base que antecede qualquer competência. É o que há de mais simples, natural e humano e está lá desde o começo e pode ser transformado em foca, pois contem a base incipiente para formar as competências, técnicas e comportamentos excepcionais Ele é o começo da jornada e só pode prosperar com esforço, trabalho e perseverança. Contudo, sem o talento natural ele pode-se, quando muito, chegar a um ponto médio de performance, nunca alguém plenamente realizado com o trabalho.
Enfim aprendemos a fazer muitas coisas no mundo a ser Deuses.