Eugen Pfister
Tornar os pontos fortes humanos produtivos é uma responsabilidade organizacional chave.
Os gerentes são os agentes dessa missão, pois é nos pontos fortes que estão as
oportunidades concretas que permitem ganhos consistentes de produtividade. Para
isso, devemos usar todos os recursos e forças disponíveis nessa missão: as do
chefe, dos colegas, associados, da organização, além da própria.
Agora, pode ser que você pense que a sua tarefa é modificar as pessoas, torná-las cooperativas, felizes ou coisa parecida. É um erro! É confundir o meio com o fim. O seu dever é enfatizar o uso dos pontos fortes que inspiram os indivíduos a superar desafios e, aí sim, ajudá-los a serem cooperativos, comunicativos, determinados e assim por diante.
Portanto, aloque as pessoas nas posições onde possam
sobressair-se. O grande engano é ter as pessoas certas nos lugares errados. Lá,
elas não produzem e você se vê obrigado a tentar motivá-las. Como o insucesso é
certo, você está condenado a fracassar.
Faça o oposto. Ou seja, mantenha, promova ou transfira o
profissional para um cargo ou área onde ela possa usar o que tem de melhor,
onde ele tenha um desempenho superior. Não tome decisões para diminuir as fraquezas
e sim para aumentar as forças.
Pense! Ninguém está isento de ter pontos fracos. Aliás, se
formos comparar a totalidade das capacidades humanas, até o gênio seria
considerado um fracasso. Desenvolver os pontos fracos não faz o menor sentido,
não leva a lugar algum. Força e fraqueza são inatas, a diferença é que você
pode desenvolver a força e, quando muito, gerenciar o prejuízo na fraqueza.
Insisto. O desempenho só pode ser construído sobre os pontos
fortes. Ele é a régua objetiva para medir o seu sucesso. Por isso os gestores
eficazes estão preocupados com o desempenho e não com o empenho, não com o
quanto nos damos bem uns com os outros e assim por diante. É o desempenho
superior que move as organizações e permite grandes realizações. A cooperação, a alegria, a boa vontade e tudo
o mais, é conquistada através dos pontos fortes.
Notas inspiradas na obra O Gestor Eficaz de Peter Drucker.
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